Pelo menos 973 crianças indígenas americanas morreram entre 1871 e 1969 enquanto frequentavam internatos administrados ou subsidiados pelo Governo dos EUA, de acordo com o segundo volume do relatório "Federal Indian Boarding Schools Initiative", informou o Departamento do Interior dos EUA na terça-feira.
O documento identifica pelo menos 74 locais de sepultamento demarcados e não demarcados em 65 escolas diferentes, e estima que Washington gastou mais de US$ 23,3 bilhões no sistema federal de internatos de índios americanos, bem como em outras instituições semelhantes e políticas de assimilação associadas, durante o período.
"O Governo Federal - facilitado pelo Departamento que eu lidero - tomou medidas deliberadas e estratégicas por meio de políticas federais de internatos indígenas para isolar as crianças de suas famílias, negar-lhes sua identidade e roubar-lhes os idiomas, as culturas e as conexões que são fundamentais para os povos indígenas. Essas políticas causaram traumas duradouros nas comunidades indígenas que o governo Biden-Harris está trabalhando incansavelmente para reparar", disse Deb Haaland, Secretária do Interior dos EUA.
Bryan Newland, subsecretário de Assuntos Indígenas, disse que, pela primeira vez na história do país, Washington está sendo responsabilizada por seu papel na operação desses internatos. "Devemos usar todos os nossos recursos para fortalecer o que eles não puderam destruir. É fundamental que esse trabalho perdure e que os Governos Federal, Estadual e Tribal se baseiem no importante trabalho realizado no âmbito da Iniciativa [Federal Indian Boarding Schools]."