Ismail Haniya, líder do escritório político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, por sua sigla em árabe), foi morto em Teerã por um míssil lançado de um país estrangeiro, noticiou o Al Mayadeen com referência a fontes familiarizadas com o assunto.
Informa-se que o assassinato "não foi causado por um ataque aéreo, mas por um ataque de míssil". Além disso, os informantes disseram que o martírio de Haniya "representa uma agressão contra o Irã e eles exigem uma retaliação definitiva", escreve o canal.
Segundo informações da mídia, o líder da Jihad Islâmica Palestina, Ziyad al-Nakhalah, morava no mesmo prédio que Haniya.
Uma cerimônia de despedida para o chefe do politburo do Hamas acontecerá em Teerã na quinta-feira. O funeral será realizado na sexta-feira no Qatar, segundo a Al Jazeera.
Enquanto isso, o The New York Times relatou, referindo-se a duas fontes iranianas, que, após o assassinato de Haniya, o Irã está realizando uma reunião de emergência de seu Conselho Supremo de Segurança Nacional na residência do líder supremo, "um evento que ocorre em circunstâncias extraordinárias".
Após a morte de Haniya, Israel não comentou ou assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Haniya, 62 anos, foi primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina de 2006 a 2014. De 2014 a 2017, ele foi o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, após o que se tornou presidente do escritório político da organização, cargo que ocupa até hoje.
Haniya estava na capital persa para participar da posse do presidente iraniano Masoud Pezeshkian que ocorreu na terça-feira.