Ismail Haniyeh, líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), foi assassinado na manhã desta quarta-feira durante um ataque contra sua residência em Teerã, onde participou da posse do presidente Masoud Pezeshkian que ocorreu na terça-feira.
Haniyeh, 62 anos, nasceu em um campo de refugiados de Shati, no norte de Gaza. Ingressou no movimento palestino em 1987 e subiu na hierarquia do grupo, tornando-se parte da "liderança coletiva". Em 1989, foi preso por Israel e ficou detido por três anos.
Atuou como primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina de 2006 a 2014. De 2014 a 2017, foi o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, após o que se tornou presidente do escritório político da organização, cargo que ocupou até hoje.
De acordo com a Al Jazeera, Haniyeh deixou o enclave palestino em 2019 e estava morando no Catar, lembrando que, após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, Tel Aviv prometeu matar ele e outros líderes do Hamas.
"Os palestinos em Gaza e na Cisjordânia também o veem como um líder moderado, muito mais pragmático do que outros líderes que comandam a parte militar do movimento", disse Hani Mahmoud, jornalista do meio de comunicação catariano.
Segundo ele, Haniyeh é muito popular na Palestina porque cresceu em um campo de refugiados e, portanto, representa a grande maioria das pessoas descendentes de famílias que foram deslocadas dos territórios palestinos em 1948, acrescentando que muitos temem que seu assassinato leve a uma nova escalada de hostilidades.
- O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) do Irã denunciou o assassinato de Haniyeh em um ataque à sua residência em Teerã na manhã de quarta-feira;
- Pouco tempo depois, o Hamas confirmou a morte de seu líder em um comunicado, dizendo que ele foi morto em "um ataque sionista traiçoeiro em sua residência em Teerã".