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Marca de roupas H&M é acusada de sexualização de menores

Empresa sueca desculpou-se e apagou o anúncio de suas redes.
Marca de roupas H&M é acusada de sexualização de menoresH&M Australia

Ao longo da semana passada, a H&M, multinacional de roupas sueca, foi acusada de sexualizar menores de idade em sua campanha publicitária de uniformes escolares. 

A empresa publicou um anúncio nas redes sociais que consistia na fotografia de duas meninas com vestidos pretos segurando suas mochilas, ao lado de uma legenda com uma expressão inglesa que traduz-se, literalmente, para "faça todos virarem suas cabeças com a moda de volta às aulas da H&M". Em tradução livre, "Chame a atenção com a moda de volta às aulas da H&M".

Muitos consideraram a propaganda inapropriada, entendendo que a expressão faria menção ao aspecto físico das modelos mirins. Para a psicóloga Pam Spurr, a campanha publicitária é uma "exploração vergonhosa das meninas". "Esse anúncio desprezível faz com que os pedófilos acreditem que é normal cobiçar meninas", disse.

"Em geral, alunas não querem 'chamar a atenção'. A maioria das que vejo nas escolas querem ser deixadas em paz para aprender e se divertir, sem chamar a atenção para sua aparência", escreveu Melinda Tankard Reist, ativista australiana dos direitos das mulheres, em sua conta no X. Observou, também, que "os pais de meninas preferem que elas não 'chamem a atenção' quando outras pessoas veem suas filhas caminhando para a escola, no ônibus ou na sala de aula".

Depois da onda de críticas sobre o anúncio, a H&M removeu a publicação e pediu desculpas. "Este anúncio foi retirado. Lamentamos profundamente a comoção causada, e avaliaremos como vamos apresentar campanhas futuras", disse a empresa.