Israel deve travar uma guerra que devolva o sul do Líbano à nação judaica e destrua o Hezbollah, disse o ministro israelense das Finanças, Bezalel Smotrich, na segunda-feira.
O ministro argumentou, durante seu discurso na Cidade Velha de Jerusalém, que não há solução para o conflito e nenhuma maneira de garantir a proteção dos residentes do norte, a não ser a reocupação israelense do sul do Líbano. "Não há como restaurar a segurança do povo do norte sem uma guerra que destrua o Hezbollah e reocupe o sul do Líbano", disse Smotrich, acrescentando que "o povo israelense está preparado para isso". Além disso, ressaltou que Israel deve devolver ao território libanês uma faixa de segurança que hoje se encontra no território do país judeu.
Israel ocupou uma faixa de terra no sul do Líbano no início da década de 1980, mas o Exército israelense se retirou da região em maio de 2000.
As declarações do ministro foram feitas poucos dias após um ataque com foguete ter atingido um campo de futebol na aldeia de Majdal Shams, nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, deixando várias pessoas mortas. "Pela morte de crianças pequenas, Nasrallah deve pagar com sua cabeça. O Líbano como um todo deve pagar um preço", escreveu o ministro em sua conta no X, insistindo que se deve recorrer a represálias pessoais contra Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita libanês Hezbollah.
Enquanto isso, o alto representante do Hezbollah para a mídia, Mohammad Afif, negou a responsabilidade do grupo pelo ataque a Majdal Shams, assim como o Governo libanês emitiu uma declaração "condenando todos os atos de violência e ataques contra civis e pedindo o fim imediato das hostilidades em todas as frentes".