O ex-presidente dos EUA e candidato republicano à presidência, Donald Trump, condenou a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, em uma entrevista concedida à Fox News na noite da segunda-feira, em meio a comentários de indignação sobre a representação de uma cena que supostamente parodiava "A Última Ceia", a famosa pintura de Leonardo da Vinci.
"Achei que a cerimônia de abertura foi uma vergonha, realmente achei", disse o ex-presidente norte-americano. Quando perguntado sobre a possibilidade de que isso poderia influenciar a organização das próximas Olimpíadas em Los Angeles, em 2028, Trump garantiu que "não vamos ter uma última ceia como a que eles apresentaram na outra noite".
"Quero dizer que certas coisas podem ser feitas", disse Trump, acrescentando que a encenação vista em Paris, em sua opinião, "foi terrível". O ex-presidente acrescentou que, embora seja uma pessoa de "mente muito aberta", ele considera que "o que eles fizeram foi uma vergonha".
O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano Mike Johnson, disse que a "zombaria" de "A Última Ceia", de Da Vinci, "foi chocante e insultante para os cristãos de todo o mundo que assistiram à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos". "A guerra contra nossa fé e nossos valores tradicionais não tem limites hoje", comentou.
Por sua vez, o diretor da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, explicou que a cena controversa não é inspirada na famosa obra do artista renascentista italiano, mas é uma representação do deus grego Dionísio.
"Ele está lá porque é o deus da celebração na mitologia grega, o deus do vinho, que é uma das joias da França. E ele é o pai de Sequana, a deusa [galo-romana] que está ligada ao rio, ao Sena", disse Jolly. "A ideia era fazer uma celebração pagã ligada aos deuses do Olimpo", resumiu.