País da UE dá ultimato à Ucrânia sobre combustível

No início deste mês, Budapeste informou que Kiev havia suspendido as entregas de petróleo da Lukoil por meio do oleoduto Druzhba, de onde o petróleo é enviado para a Hungria e a Eslováquia.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, advertiu que interromperá o fornecimento de diesel para a Ucrânia se Kiev não restaurar o fluxo de petróleo através de seu território da gigante russa de energia Lukoil.

"Reiterei mais uma vez que mantemos as medidas e declarações que tomamos. A implementação dessa sanção sem sentido prejudicará apenas a Ucrânia, a Eslováquia e a Hungria. E a Rússia praticamente não será afetada", disse Fico em uma mensagem de vídeo publicada em suas redes sociais e citada pela mídia local.

O alto funcionário enfatizou que "se o trânsito de petróleo russo pela Ucrânia não for restaurado em breve, a [refinaria eslovaca] Slovnaft não continuará fornecendo diesel à Ucrânia, que cobre um décimo do consumo ucraniano". Segundo o primeiro-ministro, "a opinião pública eslovaca [...] é muito negativa com relação à decisão [de Vladimir Zelensky] de cortar o fornecimento de petróleo".

No início deste mês, Budapeste informou que Kiev havia suspendido as entregas de petróleo da Lukoil por meio do oleoduto Druzhba, de onde o petróleo é enviado para a Hungria e a Eslováquia.

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, já declarou que não permitirá que sejam feitos pagamentos à Ucrânia pelo Fundo Europeu para a Paz até que o problema da suspensão do trânsito de petróleo da Lukoil por Kiev seja resolvido. Szijjarto destacou que cerca de um terço de todo o petróleo da Hungria é fornecido pela Lukoil, enquanto a Eslováquia recebe de 40 a 45% de todo o seu combustível da Lukoil.