O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, revelou na segunda-feira o plano da oposição extremista para negar os resultados das eleições, o que incluiu uma série de manifestações violentas em diferentes partes do país.
Em seu discurso, o mandatário alegou que o Governo dos EUA estava por trás dessas ações e afirmou que "uma contrarrevolução violenta, fascista e criminosa" estava em andamento.
Segundo ele, dezenas de pessoas foram detidas durante os eventos. A maioria das quais estava sob a influência de drogas, tinha "antecedentes criminais" e havia retornado recentemente ao país de solo norte-americano em voos de repatriação.
Durante a transmissão, Maduro mostrou imagens das ações violentas perpetradas contra uma sede regional do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Coro (noroeste), contra a sede do Partido Socialista Unido da Venezuela, unidades de transporte público e outros símbolos, enquanto se referia à queima de centros e material eleitoral durante a noite de domingo.
"Em vários lugares do país, tentaram derrubar estátuas em homenagem ao comandante-presidente Hugo Rafael Chávez Frías. [...]. Um grupo deles recebeu ordens para filmar a derrubada da estátua icônica na praça Bolívar-Chávez em La Guaira", contou.
Em sua opinião, a derrubada de estátuas corresponde a uma "imagem típica" das revoluções coloridas conduzidas pelos EUA para promover mudanças de Governo.
Em sua lista de ações, Maduro também mencionou uma tentativa de linchamento no centro da capital, a poucos quarteirões do palácio do governo, onde um transeunte foi atacado por manifestantes violentos, bem como ataques a um gabinete do prefeito em uma cidade no interior do país.
Maduro ainda comentou que vários agentes da Polícia Nacional e da Guarda Nacional Bolivariana foram atingidos por disparos e feridos durante os protestos da oposição.
"São as mesmas pessoas, são eles, eles são maus, eles são o mal para a Venezuela. E é assim que eles querem governar este país. [...] Se não tivéssemos agido a tempo, eles teriam queimado todas as sedes do CNE no país, mas nós os impedimos", afirmou.
Em um adendo, exortou o povo da Venezuela a ter "nervos de aço, calma e sanidade, e máxima mobilização civil-militar-policial para defender a paz". "Pedimos a vocês que se declarem em ação e vigília permanentes para pôr fim a essa tentativa insurrecional de violência e golpe de Estado", acrescentou.
Por fim, anunciou que nesta terça-feira será instalado o Conselho de Estado para ativar o "diálogo" multidimensional que prometeu. "Ninguém vai meter o nariz no diálogo venezuelano, agora é um diálogo entre venezuelanos", destacou.