O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, afirmou na quinta-feira que a reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, que será realizada nesta sexta-feira, fará uma declaração aprovada sobre a taxação global dos super-ricos, segundo informado pela Agência Brasil.
De acordo com Haddad, a iniciativa agora está adicionada na agenda internacional.
"Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Praticamente todos os participantes do G20 fizeram questão de enfatizar a liderança da presidência do Brasil do G20. Obviamente que há preocupações e ressalvas. Há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida", afirmou o ministro, citado pelo portal de notícias.
Segundo Haddad, se não houver uma coordenação global, as nações vão correr o risco de ser envolvidas em uma guerra fiscal. Ele defende que a inclusão da pauta prioritária brasileira na declaração final pode ser considerada uma conquista para o país.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também se manifestou a favor da proposta, apoiando a iniciativa. O mandatário associou a taxação de grandes fortunas como um dos principais temas de relevância no que se refere ao combate da desigualdade.
Lula também disse que "já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos", alertando que a concentração excessiva de renda pode representar "um risco à democracia".
- A proposta de tributar as pessoas muito ricas tem como objetivo garantir o desenvolvimento sustentável, ao combater a pobreza e desigualdade financeira que existe nos dias de hoje na comunidade social.