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Rússia frustrou os planos da OTAN de estabelecer uma base militar no Mar de Azov
O conselheiro presidencial russo Nikolai Patrushev indicou que a Aliança Atlântica queria "realizar aventuras militares usando uma frota".
A Rússia frustrou os planos da OTAN de criar uma base militar no Mar de Azov para realizar "aventuras militares", afirmou na quinta-feira o conselheiro presidencial russo Nikolai Patrushev em uma entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.
O funcionário de alto escalão, que lida com questões de política marítima, comentou sobre a nova estratégia para a segurança marítima da Ucrânia recentemente adotada pelo líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky. Entre outras disposições, o documento, que detalha os planos nessa área, menciona a regulamentação da presença das forças da Aliança Atlântica no Mar Negro e a realização de exercícios militares conjuntos nos mares Negro e Azov.
Patrushev ressaltou que as disposições da referida estratégia "não correspondem à realidade atual", enfatizando que, "no momento, o Mar de Azov é um mar interno da Federação Russa; ou seja, a Ucrânia perdeu o acesso 'de fato' e legalmente" às suas águas.
"Ao mesmo tempo, os planos da OTAN de estabelecer uma base militar naval no Mar de Azov e de conduzir aventuras militares usando uma frota foram frustrados. Em um esforço para garantir a presença de seus navios nos portos do Mar de Azov, a OTAN tentou compensar o fracasso dos planos de uma década atrás, que previam a criação de uma base militar naval em Sevastopol e a transformação da península da Crimeia em um local de implantação permanente de tropas norte-americanas e aliadas de Washington", reiterou.
Em meados de julho, a OTAN afirmou que pretende fortalecer sua presença nos Bálcãs, no Mar Negro e nas regiões do sul para combater as ameaças percebidas aos seus "interesses, segurança e valores". A Aliança Atlântica está interessada em fortalecer suas atividades na região do Mar Negro, "prestando atenção especial às ameaças à segurança [da aliança] e às oportunidades potenciais para uma cooperação mais próxima com os parceiros da região", afirmou. "A OTAN apoia as aspirações euro-atlânticas dos países interessados nessa região", acrescentou.