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Kremlin comenta sobre a ideia de Netanyahu de criar um bloco no Oriente Médio semelhante ao da OTAN

Primeiro-ministro israelense propôs que os EUA e Israel forjassem "uma aliança de segurança na região para combater a crescente ameaça iraniana".
Kremlin comenta sobre a ideia de Netanyahu de criar um bloco no Oriente Médio semelhante ao da OTANGettyimages.ru / Kent Nishimura

O porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, ao comentar nesta quinta-feira a proposta do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de formar uma aliança de segurança semelhante à OTAN no Oriente Médio durante seu recente discurso no Congresso dos EUA, observou que "é improvável" que a região precise de outro bloco "conflituoso".

"É necessário entender os detalhes de tal iniciativa. Quais países farão parte dessa Aliança?", questionou Peskov, enfatizando que "a OTAN tem uma orientação de confronto sistêmico absolutamente clara".

O porta-voz lembrou que a OTAN foi criada inicialmente "para conter a União Soviética, depois continuou a desempenhar seu papel no combate à Federação Russa, e continua a fazê-lo até hoje".

"Precisamos de mecanismos de confronto no Oriente Médio? É improvável. No entanto, é necessário entender os detalhes do raciocínio do senhor Netanyahu antes de concluir qualquer coisa", comentou Peskov.

Em 24 de julho, Netanyahu durante seu discurso, boicotado por quase metade dos democratas no Congresso, evocou, em referência à OTAN, que "os EUA forjaram uma aliança de segurança na Europa para combater a crescente ameaça soviética". "Da mesma forma, os EUA e Israel podem hoje forjar uma aliança de segurança no Oriente Médio para combater a crescente ameaça iraniana", sugeriu. Além disso, propôs que esse novo bloco militar seja chamado de Aliança Abraham.

Enquanto o primeiro-ministro israelense se dirigia aos legisladores dos EUA, uma manifestação estava ocorrendo em frente ao prédio do Congresso dos EUA com milhares de participantes em rejeição aos ataques de Israel à Faixa de Gaza e contra a ajuda militar dos EUA. Ativistas pró-palestinos realizaram vários atos de protesto anti-Israel, incluindo a infiltração no Watergate Hotel, onde Netanyahu está hospedado, para jogar uma massa de larvas de moscas, vermes e insetos na mesa de uma sala preparada para as reuniões da delegação israelense.