China: "A OTAN é uma máquina de semear a guerra e o caos"

Da Ucrânia ao Afeganistão, do Iraque à Líbia, a Aliança "trouxe guerra e desastre para essas regiões e seus povos", afirma Pequim.

A China fez duras acusações contra a OTAN e os Estados Unidos, classificando a aliança militar como uma "máquina semeadora de guerra e caos" por provocar confrontos entre blocos e criar divisões em todo o mundo.

Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, o coronel Zhang Xiaogang, porta-voz da defesa, acusou a OTAN de disseminar uma "retórica beligerante" em sua declaração na cúpula de Washington, que fez "acusações infundadas contra a China". "Estamos muito descontentes e nos opomos fortemente a esse conteúdo", afirmou.

Na reunião de 9 a 11 de julho, os países da Aliança Atlântica acusaram a China de continuar a desafiar os interesses, a segurança e os valores da organização e de "ter se tornado um facilitador decisivo da guerra da Rússia contra a Ucrânia", o que levou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, a dizer que o bloco trabalharia mais estreitamente com os países do Indo-Pacífico por meio de mais exercícios navais na região.

Zhang, por outro lado, disse que nos últimos anos a organização "estendeu seu alcance sinistro para a região da Ásia-Pacífico, com a China como antagonista imaginário", provocando confrontos entre blocos e criando divisões. "A OTAN é, na verdade, uma máquina de semear a guerra e o caos", observou o general. "Da Ucrânia ao Afeganistão, do Iraque à Líbia, ela trouxe guerra e desastre para essas regiões e seus povos", disse.

Sobre a Ucrânia, o oficial disse que o lado chinês está seguindo uma posição "objetiva e imparcial", promovendo ativamente conversas de paz.

"Em contraste, os aliados da OTAN, liderados pelos EUA, continuam a atiçar as chamas e a lucrar com a guerra", criticou fortemente. "A OTAN deveria refletir sobre si mesma, ao invés de desviar a culpa para a China", concluiu.