China, Brasil, África do Sul e Índia exigem aumento do financiamento climático
Autoridades do Brasil, África do Sul, Índia e China, representando o Grupo BASIC, apelam às nações desenvolvidas para destinarem mais dinheiro aos mercados dos países em desenvolvimento mais vulneráveis ao aquecimento global. A declaração conjunta foi feita após a reunião dos ministros do Meio Ambiente dos países na cidade chinesa de Wuhan, no último fim de semana.
Um comunicado divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente da China afirma que o financiamento climático para os países em desenvolvimento deve ser aumentado "de bilhões para trilhões" de dólares por ano. O valor deve ser dividido igualmente entre medidas de mitigação e adaptação. Além disso, os países desenvolvidos devem intensificar as reduções de emissões e tentar chegar a zero de emissões até 2050, ou preferencialmente até 2030.
A reunião foi realizada na véspera da cúpula climática COP29 da ONU, a ser realizada em novembro deste ano em Baku, no Azerbaijão. Segundo o negociador-chefe da conferência e vice-ministro das Relações Exteriores do Azerbaijão, a prioridade número um é a negociação sobre as novas metas coletivas de financiamento climático com todas as partes. De acordo com ele, algumas posições-chave de certos grupos já foram identificados.
O texto da nota também observa que os ministros assumiram o compromisso com o desenvolvimento do multilateralismo e da cooperação internacional na luta contra a pobreza.