Dias antes de atirar contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em um comício de campanha na Pensilvânia, Thomas Matthew Crooks teria pesquisado sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy, revelou na quarta-feira o FBI.
Em uma apresentação perante o Comitê Judiciário da Câmara, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que os investigadores puderam acessar o notebook de Crooks e descobrir que, uma semana antes da tentativa de assassinato, o atirador pesquisou no Google "a que distância Oswald estava de Kennedy", uma referência a Lee Harvey Oswald, o atirador que assassinou o então presidente dos EUA em 1963.
"Esse é um registro que obviamente é significativo em termos de seu estado mental", explicou Wray, acrescentando que o dia em que a busca foi realizada foi o mesmo em que Crooks se registrou para participar do comício de campanha na cidade de Butler.
Os investigadores também conseguiram acessar o telefone do agressor. O diretor do FBI disse que os agentes descobriram que o jovem usava aplicativos de mensagens criptografadas para se comunicar. Ele também observou que 14 armas de fogo foram encontradas em sua casa.
Os tiros fatais de Oswald contra a comitiva de Kennedy em 22 de novembro de 1963 foram disparados a cerca de 88 metros de distância. Enquanto isso, o atirador de Trump estava mais distante, a aproximadamente 130 metros, mas, mesmo assim, os especialistas afirmam que a maioria dos atiradores experientes poderia atingir o alvo a essa distância.