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Biden explica o motivo de ter desistido da corrida presidencial

O político garantiu que permanecerá no cargo de presidente até o final de seu mandato.
Biden explica o motivo de ter desistido da corrida presidencialGettyimages.ru / Evan Vucci-Poo

O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa pela primeira vez ao país na quarta-feira, depois de anunciar que está desistindo da campanha para a reeleição. "Decidi que o melhor caminho a seguir é passar a tocha para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir nossa nação", declarou.

"Eu reverencio este cargo. Amo meu país ainda mais. Foi a honra da minha vida servir como seu presidente", disse ele. No entanto, "a defesa da democracia, que é o que está em jogo, acredito que seja mais importante do que qualquer título", acrescentou Biden. "Eu me fortaleço e encontro alegria em trabalhar para o povo americano, mas essa tarefa sagrada de aperfeiçoar nossa união não é sobre mim, é sobre vocês, suas famílias, seu futuro", enfatizou.

"Tudo isso merecia um segundo mandato"

Biden afirmou: "Meu histórico como presidente, minha liderança no mundo, minha visão para o futuro dos Estados Unidos, tudo isso merecia um segundo mandato". "Mas nada, absolutamente nada, pode impedir a salvação de nossa democracia, nem mesmo a ambição pessoal", acrescentou.

Nesse contexto, o atual ocupante da Casa Branca insistiu que o país "percorreu um longo caminho" desde que ele assumiu o cargo em 2021, e conseguiu se recuperar da "pior pandemia em um século, a pior crise econômica desde a Grande Depressão, o pior ataque ao nosso país desde a Guerra Civil".

"Hoje temos a economia mais forte do mundo, criando quase 16 milhões de novos empregos, um recorde. Os salários estão em alta, a inflação continua caindo, a diferença de riqueza racial é a menor dos últimos 20 anos. Estamos literalmente reconstruindo toda a nossa nação", continuou Biden.

Harris é "forte" e "capaz"

Durante seu discurso, o presidente passou alguns minutos elogiando Kamala Harris, a atual vice-presidente dos EUA, que rapidamente se tornou a favorita para substituir Biden na corrida eleitoral.

"Eu tomei minha decisão. Expressei meus pontos de vista. Quero agradecer à nossa grande vice-presidente Kamala Harris. Ela é experiente. Ela é forte. Ela é capaz. Ela tem sido uma parceira incrível para mim e uma líder para o nosso país. Agora a decisão cabe a vocês, o povo americano - vocês tomam essa decisão", enfatizou.

Os planos futuros de Biden

Além de falar sobre seus motivos para desistir da corrida eleitoral contra o republicano Donald Trump, Biden, de 81 anos, também falou sobre o trabalho que tem pela frente nos meses restantes de seu Governo.

"Nos próximos seis meses, estarei concentrado em fazer meu trabalho como presidente. Isso significa que continuarei a reduzir os custos para as famílias trabalhadoras e a fazer nossa economia crescer. Continuarei a defender nossas liberdades pessoais e nossos direitos civis - desde o direito de votar até o direito de escolher", prometeu Biden.

"Continuarei a me manifestar contra o extremismo do ódio, deixarei claro que não há lugar, nenhum lugar nos Estados Unidos, para a violência política ou qualquer tipo de violência, nunca, ponto final", declarou, ao mesmo tempo em que se concentrou em suas prioridades internacionais.

"Continuarei trabalhando para acabar com a guerra em Gaza, trazer todos os reféns de volta para casa, trazer paz e segurança para o Oriente Médio e acabar com essa guerra", disse Biden. "Continuaremos a montar uma coalizão de nações orgulhosas para impedir que Putin assuma o controle da Ucrânia" e "manteremos a OTAN mais forte, mais poderosa e mais unida do que em qualquer outro momento de nossa história", concluiu.

Estado de saúde de Biden

Na terça-feira, Biden foi visto em público pela primeira vez em quase uma semana, depois de retirar sua candidatura presidencial no domingo e em meio a rumores sobre sua saúde.

Em 17 de julho, a Casa Branca revelou que o presidente dos EUA havia testado positivo para o coronavírus. Na segunda-feira, seu médico pessoal, Kevin O'Connor, disse que os sintomas estão "quase completamente resolvidos".