Insegurança alimentar severa cai 85% no Brasil em 2023, segundo o "Mapa da Fome" da ONU
A insegurança alimentar no Brasil caiu 85% em 2023, representando uma diminuição de 8% para 1,2% da população, revelou o relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024), divulgado nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
A insegurança alimentar severa que afetou 17,2 milhões de pessoas em 2022, diminuiu para 2,5 milhões em 2023, o que significa que 14,7 milhões deixaram de passar fome no país. Aqueles que sofrem com a insegurança alimentar não têm acesso à alimentação adequada e, pelo menos, passam um dia sem comer nada.
"Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de Governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição", manifestou Wellington Dias, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil.
Além disso, Dias observou que "os dados desta edição nos deixam ainda mais confiantes de que iremos retirar o Brasil do Mapa da Fome no triênio 2023 a 2025", acrescentando que "cresceu a chance de alcançar média trienal abaixo de 2,5%", o que poderia ser um novo recorde mundial.
As informações baseiam-se no chamado "Mapa da Fome", que é atualizado anualmente pelas agências da ONU, cuja revelação foi feita no dia da Reunião Ministerial da Força Tarefa do G20 para a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Segundo o texto do comunicado, o Brasil saiu do "Mapa da Fome" em 2014, e mantinha a posição até 2018.
"Entre 2019 e até 2022, contudo, vinha em tendência de crescimento da pobreza, extrema pobreza e crescimento da insegurança alimentar e nutricional. Voltou ao Mapa da Fome no triênio 2019-2021 e se manteve no triênio 2020-2022", revelou o comunicado.