Os assessores do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pretendem pedir aos aliados do país que gastem mais em defesa do que gastam atualmente, informou na quarta-feira a Bloomberg, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Segundo a agência, os assessores de Trump pretendem pedir aos aliados da OTAN que invistam 3% do PIB ao invés dos 2% que é a meta atual. No entanto, as fontes dizem que essa meta elevada é apenas uma ideia por enquanto e ainda não se tornou uma estratégia formal para a equipe de Trump.
"A meta mais alta exigiria centenas de bilhões de dólares em novos gastos dos aliados que já estão lutando para controlar a dívida nacional", observa o artigo.
Os dados da OTAN mostram que apenas três países da Aliança Atlântica gastaram mais de 3% de seu PIB em defesa no ano passado: Estados Unidos, Polônia e Grécia. Enquanto isso, 19 países da OTAN, incluindo França, Espanha, Turquia e Alemanha, não atingiram o nível de gastos de 2% em 2023.
Uma meta de 3% seria um valor alto para os aliados. A Alemanha teria que gastar quase 900 bilhões de dólares a mais nos próximos dez anos, enquanto o investimento da França, Itália, Espanha e Canadá seria de cerca de 500 bilhões de dólares, segundo estimativas da Bloomberg.
Recentemente, o senador republicano dos EUA James David Vance, que será o vice-companheiro de chapa de Donald Trump na eleição de 2024, disse que a presidência de Trump significaria o fim da ajuda aos aliados da OTAN que não investem em segurança comum.