A montadora chinesa SAIC, que está enfrentando tarifas da UE sobre as exportações de carros elétricos para a Europa, condenou uma investigação antissubsídios da Comissão Europeia e ameaçou Bruxelas com consequências legais, informou nesta terça-feira o South China Morning Post.
A maior das "quatro grandes" montadoras estatais da China disse que a investigação do braço executivo da UE envolveu "informações comercialmente sensíveis, como um pedido de cooperação no fornecimento de fórmulas químicas relacionadas a baterias".
Além disso, de acordo com a SAIC, a Comissão Europeia "cometeu erros" ao identificar os subsídios, como confundir uma empresa estrangeira de financiamento de automóveis de joint venture com uma subsidiária da empresa chinesa. Nesse contexto, a gigante automobilística diz que se reserva "o direito de tomar outras medidas legais" em resposta à decisão preliminar da Comissão e espera uma decisão final em novembro.
Com 37,6%, a SAIC recebeu as tarifas mais altas impostas pela UE entre todos os fabricantes de automóveis chineses.
No ano passado, a UE lançou uma investigação sobre os subsídios chineses para veículos elétricos com o objetivo de evitar uma enxurrada de importações baratas.