A OTAN tem mais de 500.000 soldados em alerta máximo

Cerca de um terço dos países-membros da aliança tem alguma forma de serviço militar obrigatório para enfrentar uma possível ameaça russa.

Mais de 500.000 soldados da OTAN estão atualmente em alerta máximo contra uma ameaça de conflito direto com a Rússia, disse a porta-voz do bloco militar, Farah Dakhlallah, à CNN no domingo.

Desde 2014, a Aliança do Atlântico Norte passou pela mais significativa transformação na defesa coletiva em uma geração, disse a oficial. "Colocamos em prática os planos de defesa mais abrangentes desde a Guerra Fria, com mais de 500.000 soldados atualmente em alta prontidão", detalhou.

Segundo informações, os membros do órgão, que estão preocupados com a suposta ameaça crescente de Moscou, têm revisado suas estratégias e fortalecido suas capacidades militares na última década. Ao mesmo tempo, permanece uma questão em aberto se a Aliança está preparada para uma guerra prolongada, aponta a publicação.

Vários países europeus restabeleceram ou ampliaram o serviço militar obrigatório como parte de um pacote de medidas destinadas a fortalecer sua defesa. Dakhlallah observou que a maneira pela qual o pessoal militar é recrutado e treinado fica a critério de cada país, mas cerca de um terço dos países membros da OTAN têm alguma forma de recrutamento.

Por sua vez, as autoridades russas rejeitaram repetidamente o aumento militar da aliança e indicaram que percebem suas ações como uma ameaça. O presidente russo Vladimir Putin explicou detalhadamente em uma entrevista com o jornalista americano Tucker Carlson que Moscou não tem intenção de atacar os países da OTAN, enquanto os políticos ocidentais regularmente intimidam suas populações com uma "ameaça russa imaginária" para desviar a atenção dos problemas domésticos.