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Adidas suspende propagandas com modelo que foi "cancelada" por Israel

Anteriormente, a conta oficial do país judeu no X criticou a escolha de Bella Hadid para propagandas da marca.
Adidas suspende propagandas com modelo que foi "cancelada" por IsraelAP / Brynn Anderson

A Adidas decidiu retirar suas propagandas nas quais a modelo Bella Hadid, norte-americana de raízes palestinas, promove uma linha de roupas retrô celebrando as Olimpíadas de 1972, em Munique. 

"Estamos cientes de que foram feitas conexões com eventos históricos trágicos - embora não tenham sido intencionais - e pedimos desculpas por qualquer transtorno ou angústia causados. Como resultado, estamos revisando o restante da campanha", escreveu a Adidas em um comunicado citado pela imprensa britânica. 

Anteriormente, através de sua conta oficial no X, o Estado de Israel criticou a escolha de Hadid para liderar a campanha. ''Bella Hadid [é] uma modelo metade palestina que tem um histórico de propagação do antissemitismo e de apelo à violência contra israelenses e judeus'', escreveu o perfil.

"Onze israelenses foram mortos por terroristas palestinos durante as Olimpíadas de Munique", prossegue o perfil, em referência ao ataque da organização Setembro Negro, no qual 11 atletas israelenses e um policial alemão foram mortos. "Algum comentário, Adidas?", concluíram, marcando a conta oficial da Adidas.

Essa não é a primeira vez que o estado judeu critica a modelo norte-americana, que frequentemente se posiciona contra as ações de Israel. Em agosto de 2023, por exemplo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defendeu publicamente seu ministro da Segurança, Ben-Gvir, após uma discussão acalorada com Hadid nas redes sociais.

Naquela ocasião, a modelo publicou: "Em nenhum lugar e em nenhum momento, especialmente em 2023, a vida de uma pessoa deve ser mais valiosa do que a de outra", comentando sobre declarações anteriores de Ben-Gvir. O ministro havia dito que o direito à vida e à segurança dos colonos judeus na Cisjordânia ocupada deveria prevalecer sobre o direito à liberdade de circulação dos palestinos. À época, Ben-Gvir chamou Hadid de "odiadora de Israel".