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Lula: Brasil apresentará "proposta" sobre adesão à Rota da Seda

Segundo o presidente brasileiro, as negociações vão ocorrer durante a cúpula da Apec, no Peru.
Lula: Brasil apresentará "proposta" sobre adesão à Rota da SedaLegion-media.ru / Kyodo

Nesta sexta-feira, o presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou que durante sua participação na cúpula da Apec, o Brasil apresentará uma "proposta" sobre a adesão do Brasil à Rota da Seda.

"Como a China quer discutir a Rota da Seda, nós então vamos ter que preparar uma proposta para discutir: 'O que eu ganho? O que o Brasil ganha? Qual é a fatia importante de participação do Brasil?'', disse o mandatário, que comentava sobre sua agenda internacional com o público presente. 

Conforme anteriormente divulgado, a adesão de Brasília à iniciativa chinesa é contestada por diferentes segmentos políticos. Apesar de apoiada por figuras como Gleisi Hoffman, presidente do Partido dos Trabalhadores, e Celso Amorim, assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, ela conta com a resistência de certos setores do Itamaraty.

Aqueles que se opõem à cooperação, de acordo com o jornal O Globo, teriam como principal preocupação "os ruídos que isso pode criar para o Brasil com parceiros do Ocidente, principalmente os EUA".

O que é a Rota da Seda?

A Nova Rota da Seda, também conhecida como 'Iniciativa do Cinturão e Rota', é um projeto de infraestrutura e investimento de proporções globais lançado pela China em 2013. Ele tem como objetivo aprimorar o comércio e o investimento do gigante asiático pelo mundo, e contempla a construção de uma rede de ferrovias, rodovias, portos marítimos e outros projetos de infraestrutura.

É notável o progresso proporcionado pela Rota da Seda em diversos países, sobretudo no continente africano, onde a infraestrutura e os investimentos têm transformado realidades locais e criado oportunidades para crescimento econômico e redução da pobreza.

Alguns críticos do projeto levantam suspeições relativas à soberania nacional, mencionando preocupações com uma potencial dependência econômica e ainda temores relativos aos padrões de empréstimos.