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Euroclear anuncia a primeira parcela de ajuda à Ucrânia proveniente de ativos russos congelados

Cerca de 200 bilhões de euros em ativos russos congelados por conta do conflito ucraniano serão mantidos no depositário belga.
Euroclear anuncia a primeira parcela de ajuda à Ucrânia proveniente de ativos russos congeladosGettyimages.ru / Eshma

A Euroclear fará neste mês a primeira transferência ao Fundo Europeu para a Ucrânia, no valor de 1,55 bilhão de euros (cerca de 9,344 bilhões de reais), a partir dos recursos gerados pelos ativos russos congelados à sua disposição, informou nesta sexta-feira o depositário belga em seu site.

"Em julho de 2024, a Euroclear fará o primeiro pagamento de 1,55 bilhão de euros ao Fundo Europeu para a Ucrânia, após a recente implementação do Regulamento da UE sobre a contribuição extraordinária", diz o comunicado.

A instituição financeira especifica que os juros acumulados sobre os saldos de caixa de ativos russos sancionadas totalizaram aproximadamente 3,4 bilhões de euros no primeiro semestre deste ano e que esses lucros geraram receitas fiscais de 836 milhões de euros a pagar ao estado belga.

Em 2022, a UE, os EUA, o Japão e o Canadá congelaram cerca de 300 bilhões de dólares em ativos do Banco Central russo em resposta à operação militar especial da Rússia na Ucrânia. Cerca de 200 bilhões de dólares são mantidos na Europa, principalmente no depositário belga Euroclear. Os líderes de vários países ocidentais expressaram repetidamente seu desejo de confiscar os ativos russos congelados e usá-los para as necessidades de Kiev.

No mês passado, a UE concordou em usar os juros obtidos sobre esses ativos russos para fornecer à Ucrânia ajuda militar adicional por meio de um fundo da UE.

Por sua vez, o Kremlin advertiu que, se os ativos russos forem confiscados ilegalmente, o sistema financeiro global será afetado e haverá consequências legais. A Rússia declarou repetidamente que a apreensão de ativos russos em favor da Ucrânia será um "roubo absoluto" e que Moscou considerará os países ocidentais que apreenderem seus ativos congelados como "ladrões" e responderá com contramedidas "muito severas".