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Von der Leyen critica a visita de Orbán a Moscou e propõe uma "UE da Defesa"

"A Rússia está contando com a Europa e com o Ocidente para se acalmar. E algumas pessoas na Europa estão fazendo o mesmo", disse a presidente da Comissão Europeia.
Von der Leyen critica a visita de Orbán a Moscou e propõe uma "UE da Defesa"Legion-media.ru / Philipp Von Ditfurth/Dpa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou nesta quinta-feira a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, à Rússia em 5 de julho, durante a qual se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

"A Rússia está apostando que a Europa e o Ocidente ficarão mais brandos. E alguns, na Europa, estão fazendo o mesmo. Há duas semanas, um primeiro-ministro da UE foi a Moscou. Essa chamada missão de paz nada mais foi do que uma missão de apaziguamento", comentou ao Parlamento Europeu antes da votação de sua candidatura a um segundo mandato como chefe do poder executivo do bloco.

"Devemos dar à Ucrânia tudo o que ela precisa para resistir e prevalecer. Isso significa tomar decisões fundamentais para o nosso futuro", continuou Von der Leyen, acrescentando que "proteger a Europa é dever da Europa" e que "agora é o momento de construir uma verdadeira União Europeia de Defesa".

Embora admitindo que haverá aqueles que "podem se sentir desconfortáveis com a ideia", ela disse que "o que deve ser desconfortável são as ameaças" e não a "segurança".

Von der Leyen afirmou que "os Estados-membros continuarão responsáveis por sua segurança nacional e por seus exércitos" e que "a OTAN continuará sendo o pilar" da defesa coletiva, ao mesmo tempo em que é necessário "criar um mercado único de defesa" e "investir mais em capacidades de defesa de alto nível".

"Precisamos implementar projetos europeus comuns. Por exemplo, um sistema de defesa aérea abrangente: um Escudo Aéreo Europeu, não apenas para proteger nosso espaço aéreo, mas como um forte símbolo da unidade europeia na defesa", destacou.

O porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, comentou que "isso confirma mais uma vez a atitude dos Estados europeus em relação à militarização, à criação de tensões, ao confronto e ao uso de métodos de confronto em sua política externa".