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Plano de paz sino-brasileiro para o conflito ucraniano é apoiado por mais de 100 países

Revelação foi feita nesta quarta-feira pelo porta-voz da chancelaria da China.
Plano de paz sino-brasileiro para o conflito ucraniano é apoiado por mais de 100 paísesLegion-media.ru / Globe Photos

Durante uma conferência de imprensa nesta quarta-feira, Lin Jian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, revelou que o plano sino-brasileiro para atingir a paz no conflito ucraniano conta com o apoio de mais de 100 países.

''Os Entendimentos Comuns sobre a Solução Política da Crise da Ucrânia, emitidos conjuntamente pela China e pelo Brasil há pouco tempo, receberam apoio e resposta ativos de mais de 100 países e enviam a forte mensagem de defesa da paz, da equidade, da justiça e da cooperação ganha-ganha da China e dos países da América Latina e do Caribe", afirmou o representante.

A proposta sino-brasileira para a paz

No final de maio, no contexto da visita de Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula da Silva à Pequim, o Brasil e a China adotaram uma declaração conjunta traçando um caminho para o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O documento postula as negociações como a única solução viável para a crise ucraniana, e defende a realização de uma conferência internacional de paz "reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia". Esse ponto mostra-se especialmente relevante diante da exclusão da Rússia da primeira "cúpula de paz", que foi realizada na Suíça sem a presença de representantes de Moscou para satisfazer as exigências do regime ucraniano.

Nesse contexto, ambos os países manifestam sua oposição à divisão do mundo em "blocos políticos ou econômicos isolados" e pedem por uma maior cooperação internacional em diferentes segmentos.

Ao longo do texto, Brasília e Pequim também conclamam para que todos os países envolvidos sigam os três princípios indicados para diminuir a escalada da situação: não expandir a área de hostilidades, não intensificar os combates e evitar provocações.

Condena-se ainda o uso de armas de destruição em massa, como armas nucleares, químicas ou biológicas. "Todos os esforços devem ser feitos para impedir a proliferação nuclear e evitar uma crise nuclear", enfatiza o documento, ao mesmo tempo em que pede que sejam evitados ataques a usinas nucleares.