FMI estima quanto a América Latina e o Caribe crescerão em 2024
O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que este ano a economia da América Latina e do Caribe crescerá 1,9% e que em 2025 a recuperação será ainda mais profunda.
Segundo o relatório "World Economic Outlook Update" (Atualização da Perspectiva Econômica Mundial), publicado na terça-feira, o organismo modificou em um décimo a expectativa de crescimento para a região que havia estimado em seu último relatório em abril, que era de 2,0%.
IMF Growth Forecast: 2024 🇺🇸US: 2.6%🇩🇪Germany: 0.2%🇫🇷France: 0.9%🇮🇹Italy: 0.7%🇪🇸Spain: 2.4%🇬🇧UK: 0.7%🇯🇵Japan: 0.7%🇨🇦Canada: 1.3%🇨🇳China: 5.0%🇮🇳India: 7.0%🇷🇺Russia: 3.2%🇧🇷Brazil: 2.1%🇲🇽Mexico: 2.2%🇸🇦KSA: 1.7%🇳🇬Nigeria: 3.1%🇿🇦RSA: 0.9%https://t.co/iO1yVYN8zjpic.twitter.com/GbhWU7Wf0h
— IMF (@IMFNews) July 16, 2024
"Com relação à América Latina e ao Caribe, o crescimento foi revisado para baixo para 2024 no Brasil devido ao impacto de curto prazo das enchentes e no México devido à moderação da demanda", diz o documento.
"Apesar disso, o crescimento do Brasil em 2025 foi revisado para cima devido à reconstrução pós-inundações e a fatores estruturais favoráveis (por exemplo, aceleração na produção de hidrocarbonetos)", explicou.
Em 2023, lembrou, a América Latina e o Caribe registraram um crescimento econômico de 2,3%, que desacelerará para 1,9% este ano, mas aumentará para 2,7% em 2025, segundo as projeções da agência.
A agência também detalhou os casos específicos das três maiores economias da região, das quais apenas a Argentina tem números negativos com relação ao seu Produto Interno Bruto (PIB).
Comparações
No ano passado, a Argentina registrou uma recessão de -1,6%, que em 2024 crescerá para -3,5%. Uma recuperação para 5,0% não é esperada até 2025.
O crescimento do México desacelerará de 3,2% em 2023 para 2,2% em 2024.
O mesmo acontecerá com o Brasil, onde, de acordo com a organização, seu PIB cairá de 2,9% para 2,1%.
O relatório estima que, em 2025, a economia brasileira se recuperará para 2,4%, enquanto a economia mexicana continuará sua tendência de queda e chegará a 1,6%.
Críticas anteriores de AMLO
No mês passado, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador rejeitou as previsões do FMI com fortes críticas às suas políticas intervencionistas.
"O Fundo Monetário Internacional declarou que a Argentina vai crescer mais do que o México, quando o FMI, com todo o respeito, foi a causa do desastre econômico da Argentina e agora, como se não fosse nada, eles estão se colocando como árbitros, juízes que decidem o que vai acontecer no futuro", denunciou.