O candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, expressou ceticismo em relação às sanções, mas desviou da pergunta se ele levantaria as restrições contra Moscou como parte de seu plano para acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Em uma entrevista à Bloomberg gravada em 25 de junho e publicada na íntegra na terça-feira, perguntaram a Trump se ele havia "pensado em aliviar ou eliminar as sanções contra a Rússia".
"Sim. O que estamos fazendo com as sanções é forçar todos a se afastarem de nós. Portanto, eu não amo sanções. Achei que elas foram muito úteis com o Irã, mas eu nem precisava tanto de sanções com o Irã. Eu disse isso à China, e a Rússia está em uma posição similar", disse Trump, sem revelar se sua proposta de acordo para encerrar o conflito envolveria o levantamento das sanções.
"[O presidente russo Vladimir] Putin e eu nos demos muito bem com nosso relacionamento. Nunca corremos o risco de uma guerra. Ele nunca teria entrado na Ucrânia", disse Trump em outro momento da entrevista.
Apesar do ceticismo, durante seu mandato, Trump não aliviou as sanções da era Obama contra a Rússia (impostas após a reintegração da Crimeia) e impôs restrições extras contra o país para atrasar a construção do gasoduto Nord Stream 2.
Durante sua presidência, Trump também se envolveu em uma guerra comercial tensa com a China, que ele novamente elogiou como um grande sucesso, enquanto acusava o presidente Joe Biden, "grosseiramente incompetente", de aproximar a Rússia e a China.
"Biden é uma pessoa estúpida. Ele forçou a Rússia e a China a se casarem. Eles estão casados. Depois, eles receberam seu primo menor, o Irã, e depois a Coreia do Norte. Eles não precisam de mais ninguém", afirmou o candidato republicano.
"Este é um mundo muito, muito perigoso. E eu realmente me preocupo com os cinco meses que nos restam. Certo, acho que podemos acabar em uma Terceira Guerra Mundial", disse Trump dois dias antes de seu primeiro debate com Biden - e duas semanas antes de milagrosamente sobreviver a uma tentativa de assassinato.