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"O dólar não salva nossas vidas": Petro defende seu modelo na luta contra a crise climática

Em uma mensagem para a Corte Constitucional por ocasião da nova lei de pensões colombiana, o mandatário pediu que ela não olhasse para a moeda norte-americana para decidir.
"O dólar não salva nossas vidas": Petro defende seu modelo na luta contra a crise climáticaGettyimages.ru / Sebastian Barros/NurPhoto

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, destacou na terça-feira o modelo defendido por seu Governo na luta contra a crise climática, bem como as conquistas alcançadas pouco antes de chegar à metade de seu mandato, que começou em 2022.

Em um evento público na Plaza de Bolívar, localizada na capital (Bogotá), por ocasião da aprovação da lei de reforma previdenciária, o mandatário destacou que, em 2023, cerca de 1,6 milhão de pessoas foram retiradas da pobreza monetária e 1,1 milhão deixaram a pobreza extrema.

"Não penso em termos de dólar, penso em termos de um número: gases de efeito estufa na atmosfera. O dólar não salva nossas vidas e essa quantidade de gases na atmosfera pode matar todos nós no planeta Terra. E eu meço em termos de números de pessoas pobres, porque quanto menos pessoas pobres houver na Colômbia, mais felicidade haverá na Colômbia e mais paz haverá", afirmou.

Na terça-feira, o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE) informou que, em 2023, a pobreza monetária foi reduzida em 3,6 pontos percentuais, para 36,6%. Já a pobreza extrema, que era de 13,8% em 2022, caiu para 11,4%.

"É assim que se mede: se há mais pessoas pobres, se há mais fome, se há mais desigualdade, os Governos são ruins. O que há talvez é mais riqueza para poucos, que dominam a forma de se comunicar", ressaltou Petro.

Nesse sentido, garantiu que a taxa de homicídios também está diminuindo, assim como a inflação. "Sei que ainda há problemas", reconheceu Petro, que também pediu a defesa da reforma da previdência.

Em perigo

O partido de oposição Centro Democrático já anunciou que entrará com uma ação judicial contra a lei por causa de "falhas graves no processo legislativo" e porque ela "ameaça a estabilidade macroeconômica". O Tribunal Constitucional terá, portanto, que se pronunciar sobre o assunto.

"Não podemos desperdiçar o dinheiro, por isso peço ao judiciário daqui que olhe para ele com os olhos, não do dólar, mas do amor, que é outra forma de medir e pode ser mais eficiente e eficaz", enfatizou Petro.