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Índia convoca embaixador ucraniano após Zelensky criticar a visita de Modi à Rússia

O líder do regime de Kiev classificou a chegada do primeiro-ministro indiano a Moscou como um "golpe devastador nos esforços de paz".
Índia convoca embaixador ucraniano após Zelensky criticar a visita de Modi à RússiaGettyimages.ru / Beata Zawrzel / NurPhoto

O Ministério das Relações Exteriores da Índia convocou o embaixador ucraniano no país na segunda-feira, após comentários críticos do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, sobre a visita do primeiro-ministro do país, Narendra Modi, à Rússia, informou o Economic Times.

Segundo o jornal, após a reação de Zelensky, Nova Délhi adiou uma reunião do grupo de trabalho conjunto sobre cultura com a Ucrânia. A esse respeito, enfatiza-se que tais medidas são um reflexo claro da insatisfação da Índia com o Governo ucraniano por suas declarações.

Na semana passada, Zelensky escreveu na sua conta do X que a cúpula bilateral em Moscou, durante a qual Modi se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, foi uma "enorme decepção e um golpe devastador para os esforços de paz" no conflito ucraniano.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que Washington estava preocupado com as relações entre os dois países e pediu a qualquer país com laços com Moscou para "deixar claro que a Rússia deve respeitar a Carta da ONU e a soberania e integridade territorial da Ucrânia".

Por sua vez, o primeiro-ministro indiano comentou que as negociações com o líder do gigante eurasiático ocorreram "em uma atmosfera amigável". Também disse estar "muito contente" com a troca de opiniões sobre a crise ucraniana, acrescentando que seu país está aberto a qualquer cooperação para alcançar a paz. "Posso lhe assegurar que a Índia sempre esteve do lado da paz. Quando o ouvi, me senti otimista e esperançoso em relação ao futuro", disse Modi.

Os líderes também assinaram uma declaração conjunta para o desenvolvimento de áreas estratégicas da cooperação econômica russo-indiana até 2030, que visa fortalecer a parceria estratégica privilegiada entre os dois países. O documento observa que as partes concordaram em fortalecer a cooperação econômica bilateral em nove áreas prioritárias, o que contribuirá para impulsionar ainda mais as relações e aumentar o volume de comércio.