Alice Weidel, líder do partido 'Alternativa para a Alemanha' (AfD), afirmou que a saída do Reino Unido da União Europeia é um "modelo para a Alemanha" durante entrevista veiculada esta segunda-feira (22/1) no Financial Times.
"Se uma reforma não for possível, se falharmos em reconstruir a soberania dos Estados-membros da União Europeia, deveríamos deixar a população decidir, como foi feito na Grã-Bretanha", disse a política.
Líder do partido desde 2022, Weidel é muito crítica da influência exercida pelas instituições europeias na Alemanha. Sua plataforma tem como uma de suas principais pautas uma reforma estrutural que abarque a redução de poderes da Comissão Europeia, designada como "representante não eleito".
A ideia de abandonar o bloco representa uma quebra paradigmática no país, onde partidos tradicionais são devotamente pró-europeus.
Nas pesquisas de opinião para as eleições deste ano, o AfD aparece na frente dos três partidos que compõem a coalizão do chanceler Olaf Scholz.
A coalizão de Scholz, aliás, registrou uma queda de 30% nas pesquisas eleitorais, conforme indicado por cobertura da Reuters. De acordo com a agência, trata-se de um dos governos mais impopulares da história moderna alemã.
Além das eleições para esferas regionais, nas quais o AfD deve vencer em estados cruciais, a Alemanha realizará eleições para o Parlamento Europeu ao longo de 2024.