Parte das reservas russas congeladas pelo Ocidente podem ser transferidas para países em desenvolvimento que sofrem por causa do aumento dos preços e para companhias que sofreram "retaliação" russa, disse Robert Bruce Zoellick, ex-presidente do Banco Mundial, para o jornal Financial Times no domingo (21/1).
Zoellick chamou a ideia da transferência das reservas russas para a Ucrânia de "justiça elegante".
De acordo com ele, a experiência de reivindicar as reservas do Iraque após a invasão ao Kuwait em 1990 "abre a possibilidade de alocar parte das reservas da Rússia para ajudar os países em desenvolvimento", que claramente sofreram com o aumento dos preços dos produtos alimentícios e de energia.
"Uma certa quantia poderia ser alocada para reembolsar as reivindicações das empresas afetadas pelas medidas de retaliação russas", divulgou.
A agência de notícias Bloomberg informou que a Rússia está preparando um processo judicial para impedir os planos dos EUA e da União Europeia de confiscar alguns ativos congelados do Banco Central em favor da Ucrânia.
Por manifestação do Kremlin, a Rússia expressou que nunca deixará em paz aqueles que iniciarem e implementarem o confisco ilegal de seus ativos.