Uma empresa chinesa de videogames enviou um funcionário indesejado para uma "pequena sala escura" sem luz por vários dias para forçá-lo a pedir demissão e não pagá-lo a indenização, noticiou o South China Morning Post.
A história começou em dezembro de 2022, quando Liu Linzhu, funcionário da Guangzhou Duoyi Network, descobriu que não conseguia acessar o sistema de computador da empresa ou usar seu passe de entrada. Isso ocorreu após longas negociações para que ele pedisse demissão, o que ele recusou.
Seus superiores lhe disseram que ele precisava passar por um treinamento, confiscaram seu telefone celular e o mandaram para um escritório vazio, com apenas uma mesa e uma cadeira, sem computador e nem mesmo uma luz.
Liu tinha permissão para sair para almoçar e voltar para casa depois do trabalho, mas não lhe foi atribuída nenhuma tarefa e ninguém entrou em contato com ele. Ele permaneceu nessas condições por quatro dias, após os quais sua esposa entrou em contato com a Polícia.
O homem foi então liberado de sua "prisão" e recebeu uma ordem de demissão por acessar sites eróticos durante o horário de trabalho. O funcionário admitiu que, de fato, havia acessado sites eróticos, mas apenas para fins de trabalho, pois trabalhava como designer de jogos.
Para resolver a disputa, Liu levou a empresa ao tribunal, que decidiu que a Guangzhou Duoyi Network havia violado as leis trabalhistas e ordenou que ela pagasse 380.000 yuans (52.200 dólares) de indenização ao agora ex-funcionário.
A empresa discordou abertamente da sentença nas redes sociais, tornando a história pública. No entanto, agora ela não está mais comentando o caso, no qual os observadores on-line apoiaram a decisão do tribunal.