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OTAN acusa a China de fazer esforços para "dividi-la"

Enquanto isso, dois dos vizinhos da China anunciaram que fortalecerão sua cooperação de segurança com a Aliança Atlântica.
OTAN acusa a China de fazer esforços para "dividi-la"Legion-media.ru / Depositphotos

A OTAN está intensificando seus preparativos para se proteger contra os supostos "esforços da China para dividir a Aliança", enquanto dois países asiáticos já se comprometeram a aprofundar seus laços com o bloco, segundo a declaração conjunta dos chefes de Estado e de Governo presentes na reunião do Conselho do Atlântico Norte em Washington.

"Desafios sistêmicos à segurança euro-atlântica"

Em uma declaração divulgada na terça-feira, a Aliança Atlântica disse que a China "apresenta desafios sistêmicos à segurança euro-atlântica", especificando que eles incluem "atividades maliciosas cibernéticas e híbridas sustentadas, incluindo a desinformação"; as crescentes capacidades e atividades espaciais do país; bem como o rápido crescimento de seu arsenal nuclear.

Assegurando que "continua aberta a um engajamento construtivo com a RPC [República Popular da China]", a OTAN disse que está "avançando na conscientização compartilhada, aumentando sua resiliência e preparação, e se protegendo contra as táticas coercitivas e os esforços da RPC para dividir a Aliança".

Críticas à cooperação com a Rússia

Os países membros do bloco militar também condenaram Pequim por sua "parceria estratégica cada vez mais profunda" com Moscou, acusando ambos de tentar "minar e remodelar a ordem internacional baseada em regras".

"A RPC tornou-se um facilitador decisivo da guerra da Rússia contra a Ucrânia mediante sua chamada parceria 'sem limites' e seu apoio em larga escala à base industrial de defesa da Rússia. Isso aumenta a ameaça que a Rússia representa para seus vizinhos e para a segurança euro-atlântica", declarou, pedindo que o gigante asiático "cesse todo o apoio material e político ao esforço de guerra de Moscou".

Os vizinhos da China buscam fortalecer os laços com a OTAN

Ainda durante a cúpula, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol e o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida se comprometeram a fortalecer a cooperação de seus países com a Aliança Atlântica.

Referindo-se ao Tratado de Parceria Estratégica Abrangente assinado pela Coreia do Norte e pela Rússia no mês passado, que prevê "assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes", Yoon disse que o pacto entre Moscou e Pyongyang demonstra ainda mais a necessidade de uma estreita cooperação entre os EUA, a Coreia do Sul e o Japão em questões de segurança.

"Espero que a Coreia do Sul e o Japão cooperem estreitamente com os países membros da OTAN e reafirmem que a segurança do Atlântico Norte e do Nordeste da Ásia não pode ser separada", ressaltou.

Anteriormente, Kishida argumentou que "a segurança da região euro-atlântica e da região do Indo-Pacífico são inseparáveis" e que Tóquio "está determinada a fortalecer sua cooperação com a OTAN e seus parceiros".