Brasil e Bolívia "fortalecem integração elétrica" com memorandos para investimentos no setor

Segundo um comunicado do Ministério de Minas e Energia brasileiro (MME), um dos acordos tem como objetivo conectar o "sistema de distribuição de energia a localidades no norte da Bolívia, cujas redes elétricas atualmente operam de forma isolada".

Os Governos do Brasil e da Bolívia assinaram na terça-feira memorando de entendimento para investimentos no setor energético a fim de fortalcer o "desenvolvimento da integração elétrica, através da implementação de interconexões de alta capacidade em localidades das regiões fronteiriças de ambos os países", disse o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia.

A assinatura dos acordos, que preveem a "interconexão" entre os países para "transmissão e distribuição de energia elétrica" e a otimização da usina hidroelétrica de Jirau, ocorreram no âmbito da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silca em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

Segundo um comunicado do Ministério de Minas e Energia brasileiro (MME), um dos acordos tem como objetivo conectar o "sistema de distribuição de energia a localidades no norte da Bolívia, cujas redes elétricas atualmente operam de forma isolada". O ministro Alexandre Silveira destacou que essa interligação, além de fortalecer a segurança energética do país vizinho, também contribui para a descarbonização da região amazônica entre os dois países.

As subestações em Guajará-Mirim e Epitaciolândia, no Brasil, serão conectadas com as subestações Guayaramerin e Cobija, na Bolívia, respectivamente.

O MME ainda destacou os benefícios da otimização da geração de energia da hidrelétrica de Jirau a partir da flexibilização de uma regra operativa, "de forma a permitir que a usina continue operando na cota 90m constante ou ampliada durante o período de estiagem, com ganhos energéticos ao Sistema Interligado Nacional (SIN)".

Um terceiro acordo foi um "aditivo" a um memorando de 2007, assinado entre o MME e o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia, sobre a "integração energética" entre os dois países por meio da utilização da infraestrutura de dutos já existentes, facilitando o transporte de gás natural.