Tentativa da Ucrânia de atacar um porta-aviões russo é frustrada

O planejamento do ataque ao Admiral Kuznetzov foi supervisionado pessoalmente pelo chefe da inteligência ucraniana, revelou um oficial dos serviços especiais ucranianos que organizou o ataque.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sua nomenclatura em russo) informou na quarta-feira que frustrou uma tentativa dos serviços especiais ucranianos de realizar um ataque ao porta-aviões russo Admiral Kuznetsov, localizado na cidade de Murmansk.

A agência disse que um agente dos serviços especiais ucranianos entrou em contato com um militar russo que servia no único porta-aviões russo em março de 2024. Durante a correspondência, o agente ucraniano tentou persuadir o militar a realizar um ataque ao navio, prometendo que teria a garantia de deixar o país, o pagamento de uma grande soma de dinheiro e ameaçou que ele seria processado por "financiar as Forças Armadas da Ucrânia com base em motivos fabricados".

Posteriormente, o militar informou os serviços de segurança, que começaram a monitorar a operação para identificar possíveis cúmplices do agente ucraniano que se identificou como "Oleg".

O FSB detalhou que os serviços especiais ucranianos enviaram ao militar componentes para a fabricação de um dispositivo incendiário.

"Ele recebeu a garantia de que, imediatamente após receber uma confirmação em vídeo do incêndio criminoso no navio, seria evacuado para a Finlândia, e que os documentos e o dinheiro preparados para ele já estavam no esconderijo preparado na área de fronteira. Ao mesmo tempo, "Oleg" afirmou que toda a "operação" foi supervisionada pessoalmente pelo chefe da Diretoria Geral de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, [...] Kiril Budanov", diz a declaração.

Ao receber uma gravação mostrando um ataque encenado ao porta-aviões, o supervisor do ataque excluiu suas contas em serviços de mensagens e interrompeu a comunicação.

Uma unidade de investigação do FSB teria aberto um processo criminal de acordo com o artigo do Código Penal Russo sobre induzir, recrutar ou incitar uma pessoa a cometer um crime de natureza terrorista. O artigo especifica que a punição pode ser de até prisão perpétua.