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Nicarágua cogita processar Israel na CIJ se o país não interromper seu "cerco" a Gaza

O país centro-americano alega que as declarações de várias autoridades israelenses podem indicar "evidências de intenção genocida".
Nicarágua cogita processar Israel na CIJ se o país não interromper seu "cerco" a GazaAP / Mohammed Dahman

Em uma carta enviada ao Ministério das Relações Exteriores de Israel na sexta-feira, o governo da Nicarágua expressou sua intenção de apresentar uma queixa contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça da ONU se o país não interromper seus ataques à Faixa de Gaza, segundo a mídia local.

A carta, emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do país centro-americano, pede que Israel "pare suas ações contra o povo palestino" e interrompa suas operações militares em Gaza.

Caso Israel não cumpra a exigência, a Nicarágua adverte que "tomará todas as medidas que julgar apropriadas", incluindo o recurso à Corte Internacional de Justiça para garantir o respeito aos seus interesses protegidos pela convenção de 1948 sobre genocídio.

A Nicarágua afirma que, desde outubro, o país judeu "decidiu impor um cerco total" à Faixa de Gaza, que "já estava sob um bloqueio militar sufocante de 16 anos".

A carta também lembra que as operações militares de Israel "foram e estão sendo realizadas com bombardeios maciços contra a população civil", incluindo abrigos, hospitais, locais religiosos e escolas, resultando na morte de mais de 24.000 pessoas e no deslocamento forçado de cerca de 85% dos palestinos.

Manágua alega que as ações das forças israelenses também foram acompanhadas por declarações de várias autoridades hebraicas que poderiam indicar "evidências de intenção genocida".