Mais de 400 mil evasores de recrutamento são procurados desde fevereiro de 2022 por funcionários de centros de recrutamento militares na Ucrânia, informou o veículo Strana nesta terça-feira, citando o advogado ucraniano Roman Likhachev.
Os centros de recrutamento ucranianos formalizaram mais de 180 mil protocolos administrativos sobre violadores do registro militar e "apresentaram mais de 400 mil informes sobre a busca de evasores", informou o veículo no seu canal de Telegram.
Segundo o Strana, em 2022, os funcionários de recrutamento emitiram 55,68 mil protocolos sobre a cobrança de multas por violação do registro militar, e durante 2023 e metade do ano de 2024, o número já atingiu 130,1 mil. Enquanto isso, os cidadãos pagaram multas no valor de 150,3 milhões de grivnas (cerca de 3,7 milhões de dólares).
Vladimir Zelensky, assinou em de 16 abril um polêmico projeto de lei que endurece a mobilização militar no país.
Segundo a lei de Zelensky, a intimação será considerada como recebida sem entrega em mãos à pessoa sujeita ao serviço militar, uma série de penalidades será introduzida por descumprimento de todas essas regras, incluindo multas, privação da carteira de motorista, ou transferência forçada para um centro de recrutamento militar. Os homens com idade entre 25 e 55 anos que foram classificados com deficiência dos grupos II e III após o início do conflito devem se submeter novamente a um exame médico e social para confirmar seu diagnóstico.
Mobilização forçada
Kiev declarou a lei marcial e a mobilização geral em fevereiro de 2022, submetendo homens entre 27 e 60 anos ao serviço militar obrigatório e proibindo a maioria dos homens entre 18 e 60 anos de deixar o país.
Além disso, há vários relatos no país sobre a mobilização forçada de muitos homens. Nas redes sociais e mídias, circulam as imagens de comissários militares ucranianos 'mobilizando' futuros soldados, agarrando-os pelos braços e pés na rua, e arrastando-os para fora do transporte público ou de suas próprias casas.