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Irã promete vingança contra Israel por ataque que matou cinco assessores militares em Damasco

As vítimas incluem um comandante de inteligência da Força Quds, uma subdivisão do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
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O Irã confirmou a morte de cinco assessores da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana (IRGC) após um ataque israelense a um prédio residencial no bairro de Mezzeh, em Damasco, no sábado.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, disse que os ataques ao território sírio são um sinal da impotência do "regime sionista assassino de crianças" no campo de batalha e uma tentativa de aumentar as tensões na região. Além disso, Teerã disse que se reserva o direito de responder ao assassinato dos conselheiros iranianos.

"Além da acusação política, legal e internacional dessas medidas agressivas e criminosas, a República Islâmica do Irã se reserva o direito de responder ao terrorismo organizado do falso regime sionista no momento e local apropriados", disse o porta-voz.

Kanani afirmou que o "assassinato" dos membros da Guarda Revolucionária por Tel Aviv "mostra claramente a conexão entre o regime terrorista [Israel] e o Estado Islâmico na região".

A Al Arabiya relata também que as vítimas incluem o nome de Youssef Omid Zadeh, também conhecido como Sadiq, o comandante da inteligência da Força Quds, uma subdivisão do IRGC.

De acordo com relatos, o bombardeio foi realizado por Forças israelenses. Fontes disseram à Al Arabiya que um grupo de três caças israelenses lançou dois mísseis em uma área na parte oeste da cidade.

O número exato de mortos e feridos não é conhecido até o momento e varia de acordo com os relatos da mídia. De acordo com os dados apresentados pelo chefe do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, citado pela AFP, o bombardeio deixou 10 pessoas mortas.

Além disso, uma pessoa próxima aos Governos sírio e iraniano afirmou à Reuters que o prédio costumava ser usado por conselheiros iranianos, que apoiam o governo de Bashar al-Assad, acrescentando que ele foi completamente destruído por "mísseis israelenses guiados com precisão". O bairro onde ocorreu o ataque abriga as embaixadas do Líbano e do Irã, informou a Al Arabiya, segundo a AP.

Ataque iraniano à base do Mossad no Iraque

O bombardeio israelense em Damasco ocorre poucos dias depois que a IRGC lançou ataques com mísseis balísticos contra a cidade de Erbil, capital do Curdistão iraquiano. Um dos alvos atingidos foi a sede de uma agência de inteligência israelense, de acordo com Teerã. Posteriormente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, disse que seu país respeita a integridade e a soberania do Iraque e que seus ataques tinham como alvo agentes do Mossad.

Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que estão realizando ataques diretos contra o Irã e estão fazendo todo o possível para impedir que Teerã obtenha armas nucleares. "Quem diz que não estamos atacando o Irã, nós estamos atacando", disse Netanyahu, acrescentando que Teerã é "a cabeça do polvo e seus tentáculos estão em toda parte, desde os houthis até o Hezbollah e o Hamas".