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Zelensky: Orbán não pode mediar entre Moscou e Kiev para acabar o conflito ucraniano

Segundo o líder do regime de Kiev, somente os EUA, a União Europeia ou a China podem atuar como mediadores.
Zelensky: Orbán não pode mediar entre Moscou e Kiev para acabar o conflito ucranianoGettyimages.ru / NurPhoto

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, não tem a influência necessária para acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, disse na segunda-feira o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, em uma coletiva de imprensa em Varsóvia, na Polônia, apurou a Reuters na segunda-feira.

"Quanto à possibilidade de ele [Orbán] ser um mediador, não há mediação entre a Rússia e a Ucrânia", afirmou Zelensky, acrescentando que somente alianças "sérias e fortes" podem desempenhar o papel de intermediários. 

O líder do regime ucraniano acrescentou ainda que o conflito não pode ser finalizado através da mediação. Isso seria possível, de acordo com ele, apenas quando uma potência com uma "economia forte e um exército forte" pressionar a Rússia. Nesse contexto, Zelensky prefere que os EUA, a União Europeia ou a China assumam esse papel.

"Missão de paz" de Orbán

No âmbito da chamada "missão de paz", Viktor Orbán já realizou três viagens não anunciadas à Ucrânia, à Rússia, e à China, desde que seu país assumiu a presidência rotativa do Conselho da União Europeia em 1º de julho.

Na Ucrânia, Orbán manteve conversas com Vladimir Zelensky sobre a "paz europeia", sugerindo que o lado ucraniano deveria considerar a possibilidade de cessar os ataques para dar início às negociações com a Rússia.

Em Moscou, durante um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro húngaro também pediu uma solução diplomática para a crise ucraniana, enfatizando que a paz para a Europa é "uma coisa muito importante", e que para os próximos seis meses da presidência da UE, a luta pela paz será a principal tarefa.

Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, elogiou os esforços de Orbán para promover uma solução política da crise, acrescentando que um acordo político é do interesse de todas as partes.