Um país da OTAN pode abater mísseis russos na Ucrânia

Os detalhes do novo pacto de segurança firmado pelas autoridades ucranianas devem ser esclarecidos primeiramente com os parceiros da aliança transatlântica.

A Polônia e a Ucrânia assinaram um acordo que permitirá que Varsóvia abata mísseis e drones russos no espaço aéreo ucraniano, afirmou na segunda-feira o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, citado pela rádio polonesa RMF24.

"Somos especialmente gratos pelos acordos especiais. Isso se reflete no acordo de segurança e inclui a disposição de desenvolver um mecanismo para interceptar mísseis e drones russos no espaço aéreo ucraniano", disse Zelensky na capital polonesa após assinar o acordo de segurança com o primeiro-ministro polonês Donald Tusk.

Por sua vez, Tusk confirmou a existência de tal disposição, mas disse que ela apenas indicava a necessidade de conversas sobre a questão. 

"Parece absolutamente lógico. A Polônia foi o primeiro país a começar a falar sobre isso com a Ucrânia. Precisamos de uma cooperação clara dentro da OTAN sobre esse ponto, porque esse tipo de ação requer responsabilidade conjunta da OTAN", ressaltou, explicando que tanto Varsóvia quanto Kiev estariam interessados em obter um "selo" de solidariedade internacional primeiro.

O acordo de segurança entre os dois países também inclui a formação e o treinamento de uma "Legião Ucraniana" em território polonês. De acordo com Zelensky, essa unidade militar será treinada na Polônia e equipada com a ajuda de seus parceiros. "Qualquer cidadão ucraniano que decidir se juntar à Legião poderá assinar um contrato com as Forças Armadas da Ucrânia", acrescentou.

A pedido de Kiev, a Polônia também incentivará os cidadãos ucranianos a voltarem para casa para servir no exército.