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Noboa teme que o Equador deixe de ser um "centro logístico" de drogas para se tornar um centro de produção

O presidente equatoriano comentou que, além desse medo, ele também está preocupado com a chegada do fentanil, da heroína e de outras substâncias ao país andino.
Noboa teme que o Equador deixe de ser um "centro logístico" de drogas para se tornar um centro de produçãoLegion-media.ru / Agencia Prensa-Independiente

O presidente do Equador, Daniel Noboa, expressou nesta sexta-feira sua preocupação com a possibilidade de o país andino deixar de ser um "centro logístico" de drogas, que está combatendo atualmente, para se tornar um centro de produção dessas substâncias ilícitas.

"É preocupante, não foi autorizado, nem temos grandes plantações de coca no Equador, isso é do lado da Colômbia, mas é uma preocupação séria que o Equador possa se tornar um centro de produção; hoje é um centro de logística", disse Noboa em uma entrevista à W Radio.

O mandatário explicou que, entre outras coisas, o que torna o país atraente como um "centro de logística" para narcóticos é o porto de Guayaquil, que, segundo ele, seria o terceiro na América Latina com o maior volume de contêineres, atrás apenas de Santos, no Brasil, e Manzanillo, no México. 

Além disso, o Equador tem uma economia dolarizada, um sistema rodoviário bem desenvolvido e um próspero setor de alimentos. "Dessa forma, ele se torna o centro perfeito como trampolim logístico para substâncias ilícitas, e temos um problema sério por causa disso", disse.

No entanto, Noboa comentou que, além desse medo, ele também está preocupado com a chegada do fentanil, da heroína e de outras substâncias ao país andino, que já está "afetando as escolas", com "crianças de sete, oito, nove anos de idade já totalmente viciadas" e "algumas delas já com danos irreversíveis".