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China supera os EUA em duas vezes mais investimentos em tecnologia de fusão

O ritmo atual de desenvolvimento de projetos permitirá que Pequim ultrapasse as capacidades de fusão magnética dos EUA e da Europa em três ou quatro anos, informa o The Wall Street Journal.
China supera os EUA em duas vezes mais investimentos em tecnologia de fusãoGettyimages.ru / VCG

A China está gastando quase o dobro do que os EUA no desenvolvimento de tecnologias de fusão, progredindo em uma corrida de alta tecnologia rumo ao "Santo Graal da energia"— a fusão nuclear que permitiria gerar energia quase infinita, limpa e barata, informou nesta segunda-feira o The Wall Street Journal.

De acordo com o jornal, o Governo chinês está apostando no domínio da fusão nuclear em escala comercial e atualmente está concluindo a construção de um grande campus para a tecnologia de fusão, além de lançar um consórcio nacional de fusão que inclui várias empresas industriais importantes.

Nesse contexto, a China gasta cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano em fusão, disse à mídia J.P. Allain, chefe do Escritório de Ciências de Energia de Fusão do Departamento de Energia dos EUA. Atualmente, o país asiático tem 10 vezes mais doutorados  e engenheiros especializados no campo da fusão nuclear do que os EUA, e as equipes responsáveis por esses projetos trabalham 24 horas por dia, em três turnos.

Além disso, a mídia, referindo-se a cientistas com conhecimento das instalações de fusão da China, enfatiza que o ritmo atual de investimento e desenvolvimento desses projetos permitirá que Pequim ultrapasse os recursos de fusão magnética dos EUA e da Europa juntos em três ou quatro anos.

Esses desenvolvimentos estão causando uma preocupação crescente entre as autoridades e cientistas dos EUA, que estão cientes de que sua "liderança inicial" nessa área de alta tecnologia "está desaparecendo", conclui o WSJ.