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Membros da OTAN revelam preocupações com Joe Biden
"Não temos certeza se, mesmo que ele ganhe, conseguirá sobreviver por mais quatro anos", declarou um funcionário europeu.
A participação fracassada de Joe Biden no debate contra Donald Trump em 27 de junho levantou preocupações entre os parceiros e membros da OTAN, que estão avaliando a resiliência física e política do presidente dos EUA, informou no domingo o Politico.
Segundo as informações obtidas pelo jornal, que entrou em contato com 20 pessoas ligadas à Aliança Atlântica ou envolvidas nos preparativos para a próxima cúpula da OTAN, de 9 a 11 de julho, alguns acreditam que o presidente dos EUA deve agora convencer seus pares de que não só está pronto para lutar, mas também de que superará uma crise política para permanecer.
Tanto os diplomatas quanto os líderes dos países aliados apoiam a reeleição de Biden, mas temem que isso não aconteça. "Não temos certeza de que, mesmo que ele ganhe, possa sobreviver mais quatro anos", disse ao site uma autoridade de um país europeu membro da OTAN.
Outros, entretanto, prefeririam que o chefe de Estado seja substituído na corrida presidencial. Um ministro britânico foi direto ao Politico: "Será que os doadores democratas podem se organizar e retirar Biden, para que tenhamos alguma chance de ter um candidato confiável para os eleitores?", disse dias antes da eleição no Reino Unido.
Enquanto isso, um funcionário membro da OTAN admitiu, após o debate, que conversa mais com seus colegas europeus sobre suas próprias defesas, "já que parece que Trump está voltando". As maiores preocupações entre os parceiros se concentram exatamente nessa esfera, perguntando-se por quanto tempo Biden será capaz de garantir o apoio dos EUA para defender os aliados ocidentais.
Na próxima cúpula, o presidente pretende sustentar o fortalecimento da aliança, mas "essa mensagem pode ser perdida se ele tropeçar em passagens importantes ou perder a linha de raciocínio no meio da frase", menciona a mídia digital.
Em resposta aos resultados do debate, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse, referindo-se aos democratas, que "eles definitivamente têm um problema", pois "as reações foram inequívocas".
Enquanto isso, o embaixador dos EUA na UE, Mark Gitenstein, descartou que qualquer político tenha expressado "direta ou indiretamente" preocupação com a idade de Biden, mas que todos estavam preocupados com a campanha eleitoral e algumas das declarações de Donald Trump.