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Três países africanos criam uma confederação ''distante do domínio de potências estrangeiras"

"Essa assinatura histórica marca o início de um processo destinado a criar uma federação saheliana, um sonho há muito almejado pelos povos da região", disse a Aliança dos Estados do Sahel em sua conta no X.
Três países africanos criam uma confederação ''distante do domínio de potências estrangeiras"X / @AESinfos

Os chefes de Estado de Burkina Faso, Mali e Níger, Capitão Ibrahim Traoré, Coronel Assimi Goita e General Abdourahamane Tchiani, respectivamente, assinaram um tratado criando a Confederação dos Estados do Sahel (CES) durante a primeira cúpula da Aliança dos Estados do Sahel (AES), realizada no sábado em Niamey, capital da Nigéria.

"Essa assinatura histórica marca o início de um processo destinado a criar uma federação saheliana, um sonho há muito almejado pelos povos da região", informou a ESA em sua conta oficial na rede social X, destacando que será um "passo crucial" para promover a cooperação e a integração entre os três países africanos em vários campos, como segurança, desenvolvimento socioeconômico e cultura.

Os líderes da ESA tomaram decisões importantes para fortalecer a cooperação econômica e financeira dentro da confederação, incluindo a criação de um banco de investimentos e um fundo de estabilização para o Sahel.

Nesse contexto, Goita foi nomeado presidente da Aliança dos Estados do Sahel para um mandato de um ano. "Essa decisão representa um marco histórico para a aliança, que tem como objetivo fortalecer a cooperação entre os países membros para promover a segurança e o desenvolvimento na região", concluiu a ESA.

"Comunidade distante do domínio de potências estrangeiras"

"A ESA é o único grupo sub-regional eficaz na luta contra o terrorismo", disse Tchiani, que qualificou a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas) como "impressionante pela sua falta de envolvimento nessa luta".

Ele pediu que a Confederação dos Estados do Sahel se tornasse uma "comunidade distante do domínio de potências estrangeiras".

Em janeiro, as autoridades de Níger, Mali e Burkina Faso anunciaram que deixariam imediatamente a Cedeao, alegando que ela havia se tornado "uma ameaça" para seus estados-membros.