
Três países africanos criam uma confederação ''distante do domínio de potências estrangeiras"

Os chefes de Estado de Burkina Faso, Mali e Níger, Capitão Ibrahim Traoré, Coronel Assimi Goita e General Abdourahamane Tchiani, respectivamente, assinaram um tratado criando a Confederação dos Estados do Sahel (CES) durante a primeira cúpula da Aliança dos Estados do Sahel (AES), realizada no sábado em Niamey, capital da Nigéria.
#AESinfo | #Sommet 🇧🇫🇲🇱🇳🇪🔴 Le traité instituant la Confédération Alliance des Etats du Sahel adopté !Un nouveau chapitre s'ouvre pour le Sahel avec l'adoption du traité instituant la Confédération Alliance des Etats du Sahel (AES) ce samedi 6 juillet 2024, lors du sommet qui… pic.twitter.com/kRcU9pXR52
— AES INFO (@AESinfos) July 6, 2024
"Essa assinatura histórica marca o início de um processo destinado a criar uma federação saheliana, um sonho há muito almejado pelos povos da região", informou a ESA em sua conta oficial na rede social X, destacando que será um "passo crucial" para promover a cooperação e a integração entre os três países africanos em vários campos, como segurança, desenvolvimento socioeconômico e cultura.
Os líderes da ESA tomaram decisões importantes para fortalecer a cooperação econômica e financeira dentro da confederação, incluindo a criação de um banco de investimentos e um fundo de estabilização para o Sahel.

Nesse contexto, Goita foi nomeado presidente da Aliança dos Estados do Sahel para um mandato de um ano. "Essa decisão representa um marco histórico para a aliança, que tem como objetivo fortalecer a cooperação entre os países membros para promover a segurança e o desenvolvimento na região", concluiu a ESA.
"Comunidade distante do domínio de potências estrangeiras"
"A ESA é o único grupo sub-regional eficaz na luta contra o terrorismo", disse Tchiani, que qualificou a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas) como "impressionante pela sua falta de envolvimento nessa luta".
Ele pediu que a Confederação dos Estados do Sahel se tornasse uma "comunidade distante do domínio de potências estrangeiras".
Em janeiro, as autoridades de Níger, Mali e Burkina Faso anunciaram que deixariam imediatamente a Cedeao, alegando que ela havia se tornado "uma ameaça" para seus estados-membros.