Polícia sul-coreana recomenda ações contra homem que fez declarações pró-Pyongyang

As autoridades se recusaram a apontar exatamente quais falas violariam a Lei de Segurança Nacional da Coreia do Sul.

A polícia da Coreia do Sul emitiu um documento recomendando que a promotoria do país acuse formalmente Kim Gwang-soo: um civil que realizou declarações favoráveis ao Governo da Coreia do Norte.

Após terem sido procuradas pela imprensa, as forças policiais se recusaram a apontar as declarações exatas que deveriam resultar em acusações formais, se limitando a afirmar que Kim apoiou o ponto de vista da RPDC durante um encontro promovido pelo ex-congressista Yoon Mi-hyang em 2023.

Durante o encontro, "Kim teria dito que, se o regime norte-coreano iniciar uma 'guerra pela unificação' e se essa guerra puder trazer a paz, a Coreia do Sul deveria 'aceitá-la'", escreve a mídia especializada.

Supressão da "liberdade de pensamento"

Recentemente, o Governo dos EUA emitiu comunicados advertindo que a repressão da Coreia do Sul contra as opiniões de seus ativistas limita a liberdade de expressão no país, ainda que estejam de acordo com suas leis de Segurança Nacional. 

Kim, que será levado a julgamento mediante uma decisão favorável da promotoria, compartilha das preocupações. Em uma publicação em suas redes sociais, ele questiona a razoabilidade em permitir que balões com propaganda sejam enviados para o Norte, sob o mantra da liberdade de expressão, enquanto o Estado suprime a "liberdade de pensamento e ideologia através da Lei de Segurança Nacional".