O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, pede uma solução diplomática para a crise ucraniana. Ele declarou isso na sexta-feira em uma coletiva de imprensa após sua reunião em Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin.
"Vemos a luta pela paz como a principal tarefa para os próximos seis meses da nossa presidência da UE", afirmou, acrescentando que "o maior desenvolvimento da Europa ocorreu em tempos de paz" e que agora a região "tem vivido na sombra" de um conflito militar por dois anos e meio, o que "está causando enormes dificuldades na Europa".
De acordo com Orbán, o conflito ucraniano "começou a ter um impacto no crescimento econômico" e na "competitividade" europeia.
O primeiro-ministro húngaro também enfatizou que, "para a Europa, a paz é a coisa mais importante". "Sem diplomacia, sem canais de comunicação, não alcançaremos a paz. A paz não virá por si só: temos que trabalhar por ela", enfatizou.
Ele também sublinhou que as posições de Moscou e Kiev "estão muito distantes", portanto, "muitas medidas precisam ser tomadas para nos aproximarmos" de uma solução para o conflito. "No entanto, demos o passo mais importante: estabelecemos contatos e continuarei trabalhando nesse sentido", declarou.
Anteriormente, no início desta semana, Orbán visitou a Ucrânia e teve uma reunião com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky. Durante o encontro, o líder húngaro sugeriu que o lado ucraniano deveria considerar a possibilidade de cessar os ataques para iniciar conversas com a Rússia.