O presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ofereceram declarações à imprensa após reunião no Kremlin, em Moscou, nesta sexta-feira.
Após chegar à Rússia em uma visita não anunciada com antecedência por nenhum dos dois países, o primeiro-ministro escreveu em sua conta no X que "a missão de paz continua". "Segunda parada: Moscou", acrescentou.
Em uma declaração à imprensa no início do dia, Orbán enfatizou que "a paz não pode ser alcançada a partir de uma cadeira confortável em Bruxelas". "Embora a presidência rotativa da UE não tenha mandato para negociar em nome da União Europeia, não podemos nos sentar e esperar que [o conflito] termine milagrosamente. Seremos um instrumento importante para dar os primeiros passos em direção à paz", afirmou.
Anteriormente, no início desta semana, Orbán visitou a Ucrânia e teve uma reunião com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky. Durante a reunião, o líder húngaro sugeriu que o lado ucraniano deveria considerar a possibilidade de cessar os ataques para iniciar conversas com a Rússia.
- Orbán viajou pela última vez a Moscou em setembro de 2022 para participar do funeral do último líder da URSS, Mikhail Gorbachev. Em fevereiro do mesmo ano, ele fez uma visita oficial à capital russa, onde se reuniu com Vladimir Putin.
- A proposta de Moscou exige que Kiev retire completamente suas tropas das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e das províncias de Zaporozhie e Kherson (incorporadas à Rússia após consultas populares em 2022) e reconheça esses territórios, bem como a Crimeia e Sevastopol, como entidades constituintes da Federação de Rússia. Além disso, a neutralidade, o não alinhamento, bem como a desnuclearização, a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia devem ser garantidos.