O presidente dos EUA, Joe Biden, realizou várias entrevistas em rádios e fez um breve discurso no dia 4 de julho, em uma aparente tentativa de tranquilizar seus companheiros de partido sobre suas capacidades após um debate desastroso com seu rival republicano, Donald Trump.
Biden admitiu abertamente que "estragou tudo" no debate com Trump, mas disse ao The Earl Ingram Show na quinta-feira que vai "se reerguer" e "vencê-lo novamente".
"Eu tive uma noite ruim.... E o fato é que, sabe, eu estraguei tudo", disse Biden, rejeitando qualquer intenção de desistir da corrida presidencial.
Em uma outra entrevista separada com a WURD da Filadélfia, o mandatário perdeu a linha de raciocínio e teve dificuldades para encontrar a frase certa enquanto tentava se referir à vice-presidente Kamala Harris e simultaneamente resgatar seu período como vice-presidente do Governo de Barack Obama.
"A propósito, tenho orgulho de ser, como eu disse, o primeiro vice-presidente, a primeira mulher negra, a servir com um presidente negro. Tenho orgulho de estar envolvido na primeira mulher negra na Suprema Corte. Há muito que podemos fazer porque, veja bem... somos os Estados Unidos da América", disse Biden.
"Ultimato desfavorável"
As entrevistas de rádio teriam sido marcadas por Biden após o presidente ter recebido um ultimato de seus colegas de partido, de acordo com informações recentemente publicadas pela imprensa norte-americana.
Segundo as informações, o mandatário enfrentará esforços internos significativos para renunciar de sua candidatura caso não demonstre estar apto para o cargo presidencial.
Os esforços poderiam, contudo, ser em vão. Estrategistas democratas seniores afirmam que nem mesmo um desempenho "impecável" na próxima semana poderão salvar Biden "caso surjam rachaduras significativas" em pesquisas públicas e internas.