O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, compareceu a Caracas nesta quinta-feira para fazer um discurso que marcou o início da campanha para as próximas eleições de 28 de julho, nas quais ele está buscando um terceiro mandato.
"Hoje houve, em 70 cidades da Venezuela, a força do povo nas ruas. Milhões de homens e mulheres dizendo, em uma só voz: 'começou a campanha eleitoral para a grande vitória histórica de 28 de julho'", disse o presidente de um palanque próximo ao Palácio do Governo, referindo-se às atividades organizadas pelo chavismo em todo o país.
A chuva que caiu sobre a capital venezuelana não dispersou a multidão, nem foi um impedimento para Maduro relembrar as dificuldades que enfrentou em seu último mandato - entre elas a pandemia de covid-19 e a manutenção dos programas sociais.
Nesse contexto, ele distanciou seu projeto com aquele que é proposto por setores da oposição e baseia-se na privatização de áreas estratégicas como saúde, educação e indústria petrolífera.
"Eles tentaram nos eliminar do mapa, tentaram me matar várias vezes. Não conseguiram. E agora, em 28 de julho, vamos cobrar todas as contas da direita fascista", afirmou.
"A cada sanção, uma solução"
"Estendo minhas mãos a todos e a cada um. Passamos por momentos difíceis e heroicos e, um a um, superamos as provações; diante de cada sanção, uma solução; diante de cada agressão, mais revolução", disse ele.
Entre as conquistas, ele destacou um crescimento econômico de 8% em 2024 e o fornecimento total de alimentos, o que pôs fim à chamada "guerra econômica" derivada das sanções e bloqueios impostos pelos EUA e seus aliados.
"Agora uma nova era abençoada e milagrosa está se abrindo. Estamos caminhando para mais mudanças e mais transformações, para a Venezuela da prosperidade e do bem-estar", disse ele.