China reage ao ataque armado que matou quatro de seus cidadãos na República Democrática do Congo

O país asiático exigiu que a RDC "tome medidas concretas e eficazes" para proteger a segurança dos chineses em seu território.

Nesta quinta-feira, Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, reagiu ao ataque perpetrado na quarta-feira por um grupo armado na República Democrática do Congo (RDC), que deixou chineses e congoleses mortos e desaparecidos.

"Um esforço total de busca está em andamento para encontrar os cidadãos chineses desaparecidos", afirmou Ning ao reconhecer a morte de quatro de seus compatriotas. "Pedimos à RDC que persiga os criminosos e os leve à justiça o mais rápido possível, e que tome medidas concretas e eficazes para melhor proteger a segurança dos cidadãos e das empresas chinesas na RDC".

A porta-voz também observou que o nordeste do país africano enfrenta uma "situação de segurança adversa" há muito tempo, e que a chancelaria da China emitiu diversos alertas em relação a isso. Ela também advertiu os chineses a "não viajarem para áreas de alto risco, e os aconselhou a deixar essas áreas o mais rápido possível, caso já estejam lá".

O que aconteceu?

Na quarta-feira, um grupo armado realizou um ataque contra uma zona de mineração rica em ouro na província congolesa de Ituri. Estimativas da imprensa chinesa indicam que que como resultado, seis cidadãos chineses foram mortos, além de seus guarda-costas, dois soldados congoleses e dois civis.

Ataques a locais de mineração ''são comuns na RDC, bem como os conflitos por ouro entre residentes congoleses e mineradores chineses", escreve o jornal chinês SCMP.

Fontes congolesas atribuem o ataque às atividades do grupo armado Codeco, que alega defender os interesses da tribo Lendu contra os rivais da tribo Hema. A crescente onda de violência no país é complexa e envolve a participação de diversos atores - a incluir um grupo filiado ao Estado Islâmico.