![Milei chama seus oponentes políticos de "idiotas enaltecedores"](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.07/thumbnail/66853bc4312de6f5de02a796.jpg)
Arce sobre Milei: "Não ajuda na boa vizinhança"
![Arce sobre Milei: "Não ajuda na boa vizinhança"](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.07/thumbnail/6686b7d23dd0d5128608e5c0.jpg)
O presidente da Bolívia, Luis Arce, condenou na quarta-feira a "atitude conflituosa" do presidente argentino, Javier Milei, a quem acusou de não ajudar a manter uma "boa vizinhança" na região.
"Acho que essas declarações, essa conflitividade que ele demonstrou, não ajudam a boa vizinhança", disse Arce sobre Milei durante entrevista à AFP.
A declaração de Arce refere-se às polêmicas palavras de Milei, que qualificou de "fraude" a fracassada tentativa de golpe militar na Bolívia em 26 de junho, fato repudiado pela comunidade internacional.
![Milei chama seus oponentes políticos de "idiotas enaltecedores"](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.07/thumbnail/66853bc4312de6f5de02a796.jpg)
Por outro lado, Arce indicou que as declarações de Milei, que se refere aos seus detratores como "esquerdistas", não são "surpreendentes", porque o mandatário argentino, no seu curto período de Governo, já teve conflitos com Espanha, Brasil, Chile e outros países.
Quando Milei lançou suas duras críticas contra Arce, ele sustentou que o golpe de Estado fracassado havia sido uma "fraude montada" e se referiu ao seu homólogo boliviano como um "perfeito idiota", que "em vez de aceitar seu erro" criticou o argentino "por deixar sua estupidez à mostra".
Crise diplomática
O Governo da Bolívia reagiu na segunda-feira às declarações da Presidência argentina, que descreveu a tentativa de golpe contra o presidente Luis Arce como "fraudulenta".
O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia convocou o embaixador argentino em La Paz, Marcelo Adrián Massoni. A ministra interina das Relações Exteriores, María Nela Prada, "transmitiu a ele a rejeição enérgica de cada um dos pontos mencionados no comunicado do país vizinho".
Prada também enfatizou que a Bolívia "não permitirá atos de interferência e intromissão em assuntos internos" e "exigiu o respeito à soberania e à autodeterminação" de seu povo, em acordância com a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.